sexta-feira, 29 de abril de 2011

Futsal Feminino com TUDO

A iniciação da mulher no esporte foi sendo feita gradativamente, através de sua participação em atividade esportiva com finalidades recreativas. Em 1922 o Esporte Feminino foi organizado no setor internacional, com a criação, em Paris, da União Esportiva Feminina Internacional, que organizou campeonatos mundiais de algumas modalidades esportivas. 


Entretanto, a recepção oficial da mulher no meio esportivo deu-se em 1928, Amsterdã, por ocasião de sua participação, pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. Daquela época em diante a mulher integrou-se rapidamente no esporte participando oficialmente de um grande número de modalidades esportivas (PINI, 1983).



No Brasil algumas modalidades foram proibidas durante um longo período de tempo logo no início da ditadura militar em 1941, a proibição só veio a ser revogada na década de 1980.Segundo Cratty (1984), declara que a mulher bem sucedida no esporte competitivo tende a ser mais assertiva, auto-suficiente, independente, inteligente, agressiva e reservada e possui maior orientação para o êxito do que a mulher não-atleta.



Desde aquela época pesquisas médicas realizadas com as atletas permitiram se estabelecer que a mulher normal, convenientemente treinada e preparada para enfrentar certas situações fisiológicas que lhe são próprias, não só é capaz de participar de todas as modalidades esportivas praticadas pelo homem, mas também de outras atividades físicas, profissionais ou não, que lhe são “específicas” (PINI, 1983).



O esporte moderno é considerado um fenômeno social e mesmo que isto esteja em mudança na atualidade, ainda há uma predominância de valores masculinos, devido ao fato da existência de um modelo esportivo carregado de crenças e valores discriminatórios. Estes valores acabam influenciando instituições, quanto a inclusão da participação feminina nos esportes em geral. 



Não é de se surpreender, contudo que encontraremos inúmeros estudos revelando que as mulheres ficam apreensivas ou pelo menos pouco a vontade em ambientes preparados para atividades masculinas (CRATTY, 1984). As mulheres preferem técnicos democráticos e participativos que lhes permitam ajudar a tomar as decisões. Técnicos e outros líderes de grupo devem dar as mulheres oportunidades de participar ( GOULD e WEINBERG , 2001).



A necessidade de estudos na área do futsal feminino é de extrema importância, visto que os envolvidos nessa prática necessitam cada vez mais de subsídios teóricos que embasem a metodologia dos treinamentos voltados ao futsal feminino. O propósito deste trabalho é o de verificar, em meio a tantas dificuldades que envolvem a participação na mulher no esporte em geral, o perfil ideal do treinador de futsal na visão das jogadoras de futsal feminino do RGS. 

Futebol feminino começa luta contra o preconceito

  A meia Marta, camisa 10 do time, sonha com um lugar no pódio para tentar acabar com o que ela classifica de "preconceito da torcida brasileira em relação ao futebol feminino".
"Não tem explicação. Brasileiro acha que futebol não pode ser jogado por mulheres. Para que isso mude, a gente precisa muito conquistar uma medalha", disse.
O retrospecto de Brasil e Austrália em Olimpíadas é bom: as duas equipes se enfrentaram uma única vez, com vitória das brasileiras por 2 a 1, pela primeira fase, em Sydney 2000.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

FORÇA FEMININA , Quebrando preconceitos

Em várias atividades, a mulher já conquistou seu espaço, embora para isso tenha enfrentado e superado fortes desafios
A mulher vem ao longo dos anos ocupando o seu espaço, independentemente de sua área de atuação, determinando o fim de tabus e acabando com preconceitos. Nos dias atuais, até mesmo atividades reconhecidas como tipicamente exercidas por homens, muitas das quais por exigir maior esforço físico (motorista de ônibus, tratorista, pedreiro etc), se curvaram diante da competência feminina.
Alane Lucena é árbitra da Fifa e pertence ao quadro da Federação Cearense de Futebol de Salão.

No esporte, a história não é diferente, e as mulheres estão se estabelecendo. Jogar futebol, por exemplo, que antes era tido como inadequado para o belo sexo, o que vemos hoje é Martha ser escolhida como a melhor jogadora de futebol do Mundo.

E uma mulher comandando um clube como o Flamengo, Patrícia Amorim, considerada uma vencedora de desafios, é a presidente do rubro-negro.

E o que dizer de uma mulher arbitrando uma partida de futebol, jogada por 22 marmanjos. Aqui mesmo entre nós, temos o exemplo de Eveline Almeida, integrante do quadro da Fifa e que já vivenciou esse tipo de experiência.

Muito parecido com o futebol, é a situação do futsal em que atletas também começam a se destacar nas quadras. É o futsal feminino avançando e ganhando espaços. Conduzir um jogo de futsal na categoria masculino como árbitra central não é tarefa tão fácil como possa parecer.

Existe em quadra a barreira do preconceito neste tipo de situação, é o que afirma a árbitra da Fifa, a paraibana, radicada há oito anos no Ceará e integrante do quadro de árbitros da Federação Cearense de Futebol de Salão, Alane, Jussara da Silva Lucena.

"Ainda existe na profissão, pessoas que subestimam a presença de uma mulher em quadra comandando uma arbitragem. Muitos atletas tentam se sobressair querendo intimidar as árbitras de alguma forma, achando que elas vão ceder ao comportamento machista. E é aí que eles não contam com a força interior e determinação que a mulher dispõe para reverter qualquer tipo de situação´´, afirma Alane.

Para transpor esses obstáculos, ele recorre uma bela frase dita por sua mãe "a competência sempre se estabelece´´.

"Não há nada que impeça a uma mulher ser árbitra, o campo é vasto e dá para todos trabalharem. Sabe-se que as mulheres são mais detalhistas e têm suas particularidades, os homens também possuem peculiaridades. É só saber respeitar as atribuições e cumprir cada um com seu papel´´, completou confiante a árbitra.